PRIMEIRA VEZ LENDO STARS CHRONICLES?
sim?
Eu, Austin, estrela mais poderosa do universo (cof, cof) irei te ajudar: Vá ao Arquivo, ali no canto direito, e clique primeiro em março > a, vai ser o primeiro capítulo, e assim sucessivamente, se ainda estiver perdido, há um número grande como esse aqui em baixo que mostra o número do capítulo.

sábado, 26 de abril de 2014

capítulo 12 :´[

12 LUA VERMELHA

Meus pulmões arderam e cuspi tudo. Cuspi e voltou. Eu ainda estava debaixo da água gelada. Fogo descia como torpedos caindo em uma guerra, me toquei que infelizmente estávamos em uma.
Abri os olhos e vi que estava descendo. Não havia fundo. Plutão era como um enorme oceano somente coberto por uma camada grossa de gelo, mas depois do ataque todo o gelo foi retirado e todos nós caímos. Corpos flutuavam e passavam perto de mim, assim como destroços de casas e construções.
Nadei para cima forçando meus braços a empurrar a água para baixo e batendo os pés me dando impulso. Precisava respirar. Em cima de mim luzes dançavam passando por cima da superfície da água. Impulsionei mais um pouco, acreditando em mim mesmo.
Meus pulmões ardiam e minha mente estava ficando pesada, seria muito fácil desistir de tudo e afundar, mas eu precisava sobreviver, precisava fazer isso não por mim, mas por aqueles que estavam esperando por mim. Austin, Brandon e Chloe.
Cheguei à superfície e respirei tão profundo que revirei os olhos. Meus pulmões e meu corpo agradeceram. Após me reconstituir de ar – que não sei até hoje se era ou não oxigênio – que fui perceber o grande veículo que estava pairando em cima de mim. Era uma nave espacial do tamanho de um ônibus comum e flutuava no ar. Uma escada branca de madeira com corda caiu em minha direção. Agarrei-a e subi.
O ônibus flutuou por mais um pouco e levantou voo. Subi as escadas e abri o compartimento, e entrei.
O interior era todo feito de metal, alguns fios soltos e muitos computadores e monitores, além de várias luzes. Chloe estava enrolada em um cobertor toda molhada no canto. Ela sorriu. Olhei mais a frente e vi Brandon pilotando a nave.
Olhei para o outro lado. Nada.
– Cadê Austin? – perguntei desesperado.
– Não sabemos ainda, estamos procurando – Brandon disse.
– Não acredito que vocês o deixaram ir! Não acredito Chloe!
– Eu tenho que me preocupar com ele desse jeito? – ela disse impaciente.
– Ele não estava sob os seus cuidados? – rebati.
Chloe levantou e largou o cobertor no chão.
– Sim, ele estava sob meus cuidados sim, então é responsabilidade minha saber onde ele está. Eu estou preocupada, sim, e não preciso de você para aumentar essa precaução – ela disse.
– Eu achei que você era mais preocupada com ele. Percebo o jeito que você o olha – retorqui.
Meu rosto virou para a esquerda ardendo junto com a mão de Chloe. Coloquei a outra mão em cima da minha bochecha que pegava fogo, a água gelada deu uma sensação melhor. Chloe havia me dado um tapa na cara.
Olhei para ela incrédula. Meus olhos cerraram e todo o ódio que tinha no momento subiu a minha cabeça. Eu quis mata-la, mas não podia. Eu havia perdido Austin, meu pai, Haro, e tudo isso era exclusivamente por minha culpa. Lembrei-me do que Brandon tinha dito na sala vazia: “varrer o universo com suas próprias escolhas”.
Mais uma morte provocada por mim? Eu preferia evitar.
Virei-me e fui para o outro lado da nave. Chloe continuou parada com as mãos juntas. Evitei olhar e me sentei. Não havia cobertor para me secar, somente o silêncio que tive que apreciar sem dizer nada. Encarei o chão metálico e esperei algo acontecer, nenhum fio se mexeu.
O silêncio e a tensão no ar se tornaram palpáveis no momento. Chloe me olhava com um olhar estranho, não com raiva, mas com consciência do que ela tinha feito. Virei o rosto, não queria encará-la.
Eu realmente achava que Chloe e Austin tinham alguma coisa... E realmente achei que ela deveria estar preocupada, não enrolada em um cobertor. Ela conhecia Austin a um bom tempo, mais tempo do que eu e não demonstrava nenhuma aflição por não saber onde ele está.
– Vocês dois já fizeram as pazes? – disse Brandon.
Ninguém respondeu.
– Parece que estou lidando com dois humanoides que acabaram de nascer – só a voz dele ecoava na nave. Eu continuava fitando o chão e Chloe... não queria nem saber de prestar atenção no que ela estava fazendo.
A nave balançou e rodopiou. Segurei-me a um computador que estava acima de mim. Brandon apertava vários botões e girava desesperadamente algo que parecia um volante, porém não como o de um carro.
– Estão nos atacando! – gritou ele.
Chloe e eu levantamos e fomos para o painel de controle da nave, Brandon estava aflito demais, apertando tudo sem saber o que aconteceria. A escuridão estava a nossa frente, e usualmente, víamos meteoros menores passando perto da nave. Os mesmos que atacaram Plutão.
– Acelera! Precisamos sair de órbita – falou Chloe e no mesmo momento a nave tremeu, algo atingiu-a por baixo, como se alguém tivesse jogando meteoros em nós
– Precisamos salvar Austin! – disse.
– Peter, para de ser sonso. Austin não está mais entre nós! Precisamos nos salvar. Aliás, você precisa nos salvar – e em um instante Chloe estava dependendo de mim novamente.
Fulminei-a com os olhos, mas resolvi não criar mais intriga. Eu sabia que o tapa que ela havia me dado tinha um peso bem menor do que ser a sombra de Sky por tanto, tanto tempo.
– E se eu me recusar a te salvar? – rebati e a nave tremeu novamente. O chão metálico ribombou novamente, alguém estava nos atacando por baixo mesmo.
– Então, você, eu e o Universo deixamos de existir – ela respondeu.
Chloe tomou frente da nave empurrando Brandon fortemente para o chão que senti falta de uma delicadeza feminina. A nave virou para a esquerda e escapou de um meteoro relativamente grande que passou raspando.
– Eu sou um fracasso mesmo – choramingou Brandon.
– Não é não, cala a boca – falou Chloe concentrada pilotando a nave.
Brandon pôs a mão no cabelo e bagunçou um pouco. Nervosismo. Perguntei a mim mesmo se criaturas do Universo tinham o mesmo sentimentalismo que os humanos possuíam ou se eles invejavam tanto a raça que queriam ser iguais a eles, como Austin que estava virando um humano. Estava.
Talvez tivessem.
Chloe era bipolar, às vezes estressada demais e às vezes muito prestativa. Sky generosa demais. Deimos possuía inveja demais. Sol, preocupação com seus filhos aflorava. Algumas estrelas eram uma mistura de isso tudo. Realmente, a raça humana e os elementos do universo tinham algo em comum, algo mais forte que nunca será possível separar.
Saímos da órbita de Plutão e Chloe soltou um grito de alegria como se tivesse completado uma missão muito importante em seu videogame. Brandon se sentiu aliviado, pois ao menos ela conseguira realizar o que ele tinha em mente, mas parecia triste ainda, tanto que ficou por um bom tempo sentado no chão fitando fios e cabos metálicos.
– Brandon, me conte tudo que o seu pai tem haver com esse lance de Imperador – eu disse me aproximando. Sentei-me ao lado dele e ele virou-se e olhou fundo nos meus olhos.
– Sabia que você iria me perguntar isso – ele respondeu.
– E eu sei que você vai responder – Chloe falou.
– Eu não sei muita coisa não, porém irei te contar o que eu sei...
Ajeitei-me no chão metálico para ouvir ele dizer.
– Corre desde que eu era criança várias lendas e contos sobre o Universo, algumas verdades, outras mentira pura, tão mentira que o Sol poderia pegar gripe – ele fez uma pausa dramática esperando nós rirmos, mas não aconteceu, então continuou – A pior de todas é a do Imperador.
– Que demora – reclamou Chloe.
Limpei a garganta tentando fazer Chloe perceber que ela estava atrapalhando e ela fez o mesmo som.
– O Imperador não é nada mais nada menos do que um nome para o dono de uma galáxia vizinha, do mesmo jeito que o Sol é o dono daqui.
– Então, o Imperador é como o Sol? – perguntei e lembrei-me do meu encontro com meu avô. Ele fora legal, então o Imperador poderia também ser legal.
– Foi isso que eu acabei de dizer – respondeu olhando para mim com uma expressão esquisita. Percebi rapidamente que havia feito uma pergunta idiota.
– Mas o que mais preocupa nisso é que o Imperador é irmão do Sol, e os dois viviam brigando em um passado distante, você sabe né, ninguém quer que seu irmão more em seu quarto – Brandon tremeu – Caronte!
– Privacidade – completei.
– Sim – confirmou – Então, eles tiveram uma briga daquelas e se separaram em distância, porém a galáxia do Imperador não é nada organizada. Estima-se que há muitas estrelas de formatos estranhos, com brilhos estranhos, planetas aterrorizantes e astros piores ainda. Todos esses seres estranhos que já encontramos aqui na Via Láctea ou se refugiaram de intrusos para cá ou alguém os trouxe em missão.
– E o que isso representa de ameaça? – perguntei.
– O pior não é isso, o ruim é que a Via Láctea irá colidir com ele um momento. Será o reencontro do Sol com o Imperador e quem vencer essa batalha ficará com o novo sistema que será formado. Problemas familiares são as coisas mais comuns por aqui, acostume-se.
– E quando ocorrerá essa colisão?
– Ninguém sabe. Porém os habitantes em Ceres relataram que viram o braço espiralado da Galáxia. Meu pai tremeu só de saber, por isso foi para perto do Sol, para descongelar e tentar mudar-se para outro local, mas você já fez tudo o que queríamos e um pouco mais né?
Fiquei vermelho. Eu havia destruído Plutão enquanto eles só queriam virar um planeta telúrico e ter um pedaço de terra em vez de gelo.
– Eu acho que pensar nisso agora é besteira, há uma sequência de coisas que irão acontecer antes da colisão, está tudo escrito – exclamou – codificado – e a animação em sua voz se foi.
Lembrei-me do que Sol havia me dito. Deduzi logo que essa colisão tinha algo haver comigo, o descendente, porém fiquei calado.
– Mas quem é essa galáxia tão misteriosa? – finalmente perguntei.
 – É Andrômeda, nossa vizinha de berço – respondeu Chloe.

Brandon implorou para que pousássemos em Mercúrio. Chloe fez mil e quinhentas contra argumentações para todo problema que ele arrumou na nave. “Está sem combustível” “Vocês usam matéria escura como combustível”, “Precisa de reparos” “Se precisasse, já tinha se desintegrado há muito tempo”, mas por fim o argumento “Eu quero descer” venceu.
Ativei novamente o poder da pulseira e agradeci por ela estar em meu braço. Mercúrio me lembrou imediatamente Austin e sua louca ideia para nos salvar da prisão que agora nem eu sabia de quem era mais: Plutão ou do Imperador.
Para falar verdade, toda essa questão do Imperador me deu um nó enorme na mente. Por que Deimos estava servindo para ele? Por que ele tinha tanta influência em nossa galáxia?  Seria mesmo essa colisão prejudicante para a Via Láctea? E por que eu estava envolvido também?
– O que viemos fazer aqui? – Chloe perguntou.
– Faltou o “Alteza” – respondeu Brandon na maior naturalidade e Chloe olhou para ele incrédula.
– Quem você acha que é? – ela disse – Você pode esquecendo sua antiga posição em Plutão, porque tanto ela, quanto sua terra natal se foram. Espero que isso fique bem claro.
Encarei-a e achei que ela estava sendo um pouco grossa com ele. Pigarreei novamente, porém ela não se tocava.
– Brandon, nos explique o que viemos fazer aqui, por favor? – aprendi com minha mãe que educação não mata ninguém.
Brandon encheu o peito com tanta alegria para dizer que achei que ele iria gritar comigo, porém sua voz saiu suavemente em um tom de exaltação e muita festa:
– Eu quero ser diferente. Fazer mudanças. E aqui será o primeiro local.
Nada havia mudado, o mesmo local com aparência de deserto ainda continuava no fundo da lista dos Planetas que eu mais gostava. Ruim para eles. 
– O que você pretende fazer? – perguntei quando estávamos descendo da nave.
– Algo que sempre quis fazer – ele respondeu.

Entramos na Base que ficamos presos por algumas horas. O sol ainda penetrando nos corredores e fazendo tudo parecer laranja demais, passamos pela cela que ficamos e tremi. A sensação de ser preso é péssima, horrível e algo que nunca vou querer experimentar novamente.
Corríamos com pressa e fazendo muito barulho, porém ninguém ou nada pareceu se incomodar. Em termos comuns, alguém já teria aparecido atirando em nós ou nos atacando, mas nada aconteceu.
Brandon virava em um corredor e ia para outro. Ele passava a mão nas paredes e olhava para cada porta, tentando se familiarizar com o local.
– Você conhece aqui Brandon? – perguntei arfando. Estava cansado de correr e correr pelos corredores.
– Vim resolver uns negócios há alguns meses – disse ele passando a mão em uma porta – Eu só preciso encontrar a sala de comunicação.
Corremos mais um pouco e Brandon parou. Agradeci por dentro e percebi que Chloe estava cansada também, ou aparentava. Ela se encostou à parede e colocou as mãos no joelho jogando sua cabeça e seus cabelos prata em direção ao chão.
– Eu já volto – disse Brandon colocando sua mão em um leitor e a porta se abriu.
– Ok – Chloe e eu dissemos.
E sentei no chão esperando Brandon voltar.

– Você está ouvindo isso? – a voz de Chloe ecoou no corredor pela primeira vez. Eu estava ouvindo um barulho estranho, como o som que ouvimos quando assopramos no bico de uma garrafa de vidro, e as paredes vibraram por um momento.
Não respondi.
– Me desculpe – o som da voz de Chloe interrompeu o silêncio novamente. Passei o tempo todo tentando ignorá-la e tentando prestar atenção no chão metálico, porém tive que levantar a minha cabeça.
Olhei para ela. Ela estava coçando a mão com toda uma delicadeza. Chloe era uma incógnita, alguém difícil de entender, um astro diferente de todos, com certeza. Não sabia o que responder. Certamente se Chloe fosse humana entraríamos em guerra e ficaríamos dias, semanas, meses e talvez anos sem nos falar, porém ela é um astro do Universo e eu por enquanto só sou um intruso. Preciso mais dela do que ela precisa de mim, mesmo que ela ache que necessita de mim muito.
– Olha... – comecei a dizer, mas ela me interrompeu.
– Sério, desculpa por ter dado um tapa na sua cara. Eu nunca havia feito isso, vi isso dentro da caixa quando conseguimos um sinal estável com a Terra e esperei séculos para fazer isso com alguém. Não sei nem o que significa, porém você disse a mesma coisa que o homem disse para a mulher dentro da caixa que sai imagem – ela disse sem respirar.
– Televisão, você quer dizer – corrigi-a.
– Pode ser.
– O.k.
– Eu sei que estou errada – ela admitiu – Eu não deveria ter nenhum comportamento sentimentalista, igual vocês – ela balançou as mãos como se estivesse limpando lixo – Terrestres tem.
– A ofensa começa assim – eu rebati e ri.
Ela também riu.
– Não tinha pensado nisso.
– É muito difícil dizer que você nunca vai expressar nenhum sentimento, mesmo você sendo um Astro, sabe? – falei – Querendo ou não, somos feitos disso.
Ela assentiu. Mas sua expressão era de dúvida, eu conseguia ver em seus olhos que ela estava negando tudo o que eu estava dizendo, porém estava concordando por uma simples questão do momento: quero voltar a ser seu amigo e preciso concordar com o que você diz.
– O que você acha que Brandon foi fazer? – perguntei.
– Não faço a mínima – ela respondeu sinceramente.
– Onde vocês estavam?
Chloe se endireitou e se sentou no chão cruzando as pernas como um índio.
– Fomos para a linha de frente tentar evitar os meteoros de Deimos, na frente de Caronte. Eu estava com muita adrenalina então nem percebi a burrice que fiz em deixar você ir para o Castelo sozinho e permitir Austin subir em Caronte para lutar.
– Você o permitiu?
– Ele veio pedir para fazer algo útil na vida dele, e eu disse sim. A culpa toda é minha – ela olhou para seus dedos dos pés, refletindo. Imaginei que a cena estaria passando em sua mente – Ele parecia aterrorizado.
– Órion e seus irmãos estavam lá – falei – Eu os vi.
Chloe abriu a boca em surpresa.
– Você acha que Deimos está recrutando constelações para lutar ao lado do Imperador? – perguntei.
– Sim – respondeu ela friamente.
– Órion é uma delas?
– Não. Eles são muito tradicionais, nunca deixariam a Via Láctea ou nunca a trairiam, porém agora estou curiosa, o que eles estavam fazendo lá?
– Não faço ideia – respondi e realmente não fazia.
A porta abriu e Brandon saiu com um sorriso de canto a canto segurando um microfone. Ele parecia revigorado, como se tivesse tomado um banho muito relaxante ou dormido por mais de oito horas em uma noite.
– E aí? – perguntei me apoiando na parede para me erguer.
Ele não respondeu imediatamente. Pigarreou e começou a dizer com uma voz diferente que não era a do Brandon, o príncipe rebelde, mas sim de outro Brandon, um que seria um Rei um dia.
– Cidadãos de Mercúrio! Eu, Brandon, príncipe e representante de Plutão, clamo por sua atenção. A partir de hoje, este Planeta é livre. Falo em nome do Imperador e ele se desculpa por toda a opressão que o mesmo e Andrômeda causaram a vocês. Os habitantes deste lindo Planeta estão agora livres de impostos, auto alistamento e reclusão. Sejam livres. Construam uma nova nação.
Se eu não tivesse segurando na parede, teria caído com certeza. Ele havia mexido com coisas que não deveríamos nem por a mão. Minha expressão e a de Chloe eram de espanto misturado com medo misturado com surpresa. Eu estava pasmo.
Ele desligou o microfone e começamos a gritar com ele.
– Você está louco! – disse Chloe.
– O Imperador virá atrás de você! – alertei.
– Não estou acreditando!
– Não éramos para ter feito isso!
– Enquanto nós evitamos uma guerra com o Imperador, você apressa uma! Dou segundos para essa notícia chegar a Andrômeda e eles marcharem até nós. Será nosso fim – berrou Chloe.
– E se isso tudo estiver escrito? – rebateu Brandon – Eu acredito fielmente a tudo o que as anotações dizem.
– Até porque noventa por cento delas estão codificadas – respondeu Chloe com desdém.
– Esqueçam Andrômeda, esqueça o Imperador – eu disse e os dois viraram os seus rostos com expressões que eu não queria ver novamente – Precisamos ir para Lua impedir Deimos, não?
Os dois concordaram.
Corremos novamente até a saída do prédio e me arrepiei. O céu estava cinza em vez daquela cor azul-escuro normal. Eu não via nenhuma estrela. O sol, se escondia em algum local que não irradiava luz para nenhum local.
Chloe agarrou o braço de Brandon quando olhou para sua esquerda. Virei-me rapidamente e vi a Terra, enorme, fazendo seus movimentos normalmente. Mas o que me assustou foi o ponto vermelho que estava em cima dela, orbitando-a.
A lua.
– O q-q-que é i-isso? – eu gaguejei falando.
Brandon saiu correndo para a nave abrindo a porta desesperadamente. Chloe fez o mesmo correndo como se sua vida dependesse disso. Mas de fato, não era a vida dela que dependia disso naquele momento, mas sim a de outra pessoa.  
 – Isso é a Lua Vermelha, Peter – disse Chloe correndo – Sky está em perigo!



Nenhum comentário:

Postar um comentário